Os Tradutores e as Redes Sociais

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Não restam dúvidas de que as Redes Sociais alteraram a forma como perspetivamos as coisas: de uma simples notícia, passando pelos mais diversos fenómenos sociais, até às profissões. A Tradução não é exceção. Sim, as Redes Sociais também alteraram a forma como perspetivamos a Tradução e os Tradutores.
Para alguém que não seja da área, passar os olhos pelas publicações feitas por membros de grupos de tradutores é um exercício que suscita alguma perplexidade…
Não faltam as queixas. Mas essas são comuns a todas (ou quase todas) as profissões…
Tarifas baixas, falta de reconhecimento, prazos (curtos, para entregar os projetos de tradução, longos, para receber dos clientes), a progressiva substituição do profissional humano pela tradução automática… Também não faltam, no caso português, o “genético apontar de dedo”: às associações profissionais que nada fazem, às empresas de tradução que pagam mal ou não pagam, aos colegas que traduzem mal, usando registos que roçam muitas vezes a falta de ética profissional
Para alguém que não seja da área e que visite acidentalmente um desses fóruns, é legítimo perguntar-se se não estarão esses profissionais a dar um tiro no próprio pé…
Obviamente, essas plataformas também têm aspetos positivos: a partilha de notícias sobre eventos científicos, cursos ou encontros, o esclarecimento de dúvidas, a divulgação de ofertas de emprego, etc..
Na nossa opinião, esses grupos também poderiam ter outras missões:
– Congregar em vez de desunir;
– Chamar a atenção para a importância institucional e cultural do Tradutor, tanto na esfera científica, como na esfera literária;
– Destacar a importância da legendagem (logo, da tradução) na aquisição linguística, tanto da língua estrangeira, como da língua materna;
– Engrandecer a figura do Tradutor, como difusor cultural, intermediário e agente de desenvolvimento económico;
– Etc., etc..
Também nesta matéria, é chegada a hora de adotarmos uma postura mais positiva e aberta, e de deixarmos de lado queixinhas e críticas. Porquê? É simples: não há outra profissão no mundo que permita tanta aprendizagem e enriquecimento pessoal como a nossa! Simples.

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