As 5 maiores tareias da língua portuguesa (Parte 2)

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Os erros de português mais frequentes

Este artigo poderia chamar-se “Os erros de português mais frequentes”. Mas é de “tareia” que se trata e a língua portuguesa sofre inúmeras todos os dias e em todo o lado.

Continuando com a lista “não exaustiva” das 5 maiores tareias da língua portuguesa…

  1. Abreviaturas ou “corte e costura”: Para quem preza e admira a língua portuguesa, deve haver poucas coisas mais irritantes que as abreviaturas. Todos os “tb”, “pk” e “qq” que se utilizam pouparão assim tanto tempo a quem pretende trocar mensagens via internet ou telemóvel? Ou é, pura e simplesmente, uma forma, mais uma, de “facilitar e despachar” essa coisa sobrevalorizada chamada conversa? Das velhinhas “sms” até aos dias de hoje, já caíram em desuso metade das letras do alfabeto. O mesmo sucede nas trocas verbais frente a frente. A preguiça e o desleixo levam as pessoas a dizerem “competividade” em vez de competitividade, “destabilizar” em vez de desestabilizar. Ou seja, arranja-se sempre forma de assassinar todas as palavras com mais de cinco sílabas, moldando-as ao nosso grau de exigência.
  2. Outros atropelos: É muito frequente também ouvir as pessoas tropeçar num “desfolhar” quando querem dizer “folhear”, alterar o plural de qualquer para “quaisqueres”, acrescentar um teimoso “s” em perguntas como “já almoçaste?” ou “fizeste a tua cama?”, ou falhar redondamente quando se aventuram num “eles há-dem ver”, em vez de “hão-de”, ou a inventar um “i” mesmo no meio de “saem” e “caem”, ou ainda um hífen em “tenhamos” ou “estejamos”. Nos meios jornalísticos, é também frequente o despiste em situações de manifestações, por exemplo, onde muito facilmente se troca o correcto “adesão” por “aderência” quando se pretende informar sobre a participação na mesma.

Para finalizar… ou não.

Outro aspecto igualmente condenatório é a confusão reinante, mas cada vez mais aceite, entre o verbo “ter” e o verbo “estar”, estugando os processos de comunicação, mesmo que se cometam autênticos atentados à nossa língua. Ouve-se muito as pessoas dizerem “eu tive em Madrid”, quando na prática estiveram em Madrid; ou “tu tiveste muito bem”, em vez de “tu estiveste muito bem”

Afinal, dou-me agora conta que esta temática, a dos erros de português mais frequentes, é um terreno fértil e é bem possível que eu tenha de voltar a este espaço para partilhar as minhas mágoas…

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