(Parte I)
São numerosas as tentativas de teorização da Tradução. Contudo, no sentido estritamente científico do termo, Teoria da Tradução ou Tradutologia não existem.
Em contrapartida, podemos falar de descrições e análises plurais; tão plurais como o são as diferentes práticas da Tradução existentes.
Na origem, é importante não esquecer que é a linguagem o instrumento por excelência da Tradução. Estudar a Tradução é estudar a linguagem. Analisar problemas de tradução, é analisar problemas de linguagem.
Assim, para entender a génese da Tradução, impõe-se uma viagem às origens da linguagem, numa abordagem perfeitamente multidisciplinar: arqueologia, etnologia, antropologia, interacionismo simbólico, sociologia…
O material de análise dos profissionais dessas áreas do saber intemporais não é mais do que uma linguagem, e as interpretações que dele fazem não são mais do que traduções.
Em cada período da história, o Homem existiu através das linguagens que foi forjando. A cada linguagem correspondia/corresponde uma organização do pensamento, uma visão do mundo. A cada interpretação corresponde uma tentativa de tradução.