Linguagem Clara: Comunicar para Todos

Linguagem Clara

Contexto

Num país como Portugal, onde os níveis de iliteracia ainda preocupam, a importância da Linguagem Clara ganha uma dimensão especial.

De facto, o Programa para a Avaliação Internacional de Competências de Adultos (PIAAC) revelou recentemente que uma percentagem significativa da população adulta apresenta competências limitadas em literacia e numeracia, o que pode impactar a sua capacidade de compreender e utilizar informação escrita no quotidiano.

O conceito de Linguagem Clara, que visa tornar as informações acessíveis e compreensíveis para todos, independentemente do nível de escolaridade ou competências linguísticas, não é apenas uma boa prática – é também, em muitos casos, uma obrigação legal.

Setores fundamentais como os serviços financeiros, seguros, saúde e entidades públicas têm hoje a obrigação de utilizar uma linguagem clara, garantindo que documentos, contratos e comunicações sejam transparentes e facilmente compreendidos. Esta exigência decorre não só da responsabilidade social das empresas e instituições, mas também do enquadramento legal, que progressivamente reforça a necessidade de transparência e clareza nas comunicações dirigidas ao público.

Leis

Estas são algumas das leis onde essa obrigatoriedade vem plasmada:

  • Lei n.º 16/2022, de 16 de agosto: Esta lei estabelece medidas de apoio aos consumidores, incluindo a obrigação de as entidades fornecedoras de bens ou prestadoras de serviços utilizarem uma linguagem clara e inequívoca nas suas comunicações. ​
  • Lei n.º 144/2015, de 8 de setembro: No contexto dos contratos de viagem organizada, esta lei determina que o contrato deve ser formulado numa linguagem clara e compreensível.

A Norma ISO 24495-1

Mas afinal, o que define a Linguagem Clara? De acordo com a norma internacional ISO 24495-1, existem pilares fundamentais que garantem uma comunicação efetiva:

  1. Relevância: Garantir que a informação comunicada é relevante para quem a recebe.
  2. Compreensibilidade: Assegurar que o conteúdo seja facilmente compreendido pelo público-alvo.
  3. Usabilidade: Estruturar a informação de forma a facilitar a sua utilização prática.
  4. Credibilidade: Garantir que a informação comunicada seja fiável e correta.
  5. Atratividade: Apresentar a informação de forma apelativa e clara, motivando a leitura.

Implementar estes princípios na comunicação diária de empresas e instituições é uma tarefa exigente, mas essencial. Uma comunicação complexa, vaga ou confusa gera incompreensão, desconfiança e exclusão. Pelo contrário, a utilização da Linguagem Clara promove a inclusão, facilita decisões informadas e fortalece a relação entre organizações e cidadãos.

É por isso essencial trabalhar com parceiros especializados, como a ABC Traduções, capazes de adaptar e ajustar os seus documentos ao entendimento geral. Uma colaboração especializada permite não só cumprir as obrigações legais, como também reforçar a imagem e reputação da sua organização junto de todos os públicos.

Num mundo cada vez mais diverso e exigente, apostar na Linguagem Clara é apostar na clareza, inclusão e sucesso!

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